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Venda de casas em Portugal caiu em 2023 – subida do preço desacelerou

8/01/2024

Efeitos da inflação, da subida de juros e da incerteza económica acabaram por se fazer sentir nos negócios e nos preços das casas

2023 foi um ano de ajustamento do mercado residencial português. Depois de terminar 2022 a registar um recorde de venda de casas e de subida de preços, os efeitos da alta inflação, da subida de juros nos créditos habitação e da incerteza económica acabaram por se fazer sentir em 2023, tanto nos negócios, como nos preços. A venda de habitações no nosso país acabou mesmo por cair em torno dos 23% até Setembro, gerando uma desaceleração na subida dos preços das casas ao longo do ano. E este cenário também foi bem visível em vários países europeus e no mundo. Para 2024, o mercado antecipa que esta tendência se vai manter, continuando a registar-se uma correção dos preços das casas na maioria dos países europeus, Portugal incluído.


O ano de 2022 terminou em alta para o negócio das casas em Portugal. Nem os elevados preços das habitações, nem a elevada inflação e subida dos juros nos créditos habitação impediram que fossem vendidas 167.900 habitações durante o ano passado, o maior número de sempre registado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). E foram mesmo os portugueses os responsáveis pela maioria das transações, apesar de os estrangeiros também adquirirem cada vez mais imóveis e a preços mais elevados - aliás nunca tiveram um peso tão grande na compra de casas em Portugal como no ano passado.



Mas, embora se tenha registado um recorde, a reta final de 2022 já anunciava um abrandamento na compra de casas, sobretudo, pelos portugueses. E logo nos primeiros três meses deste ano confirmou-se o que já antecipava o mercado: a perda de poder de compra por via da inflação, os elevados custos do crédito habitação e a falta de confiança no mercado imobiliário acabou mesmo por impactar a venda de casas em Portugal, tendo caído na ordem dos 21%, com a Grande Lisboa a registar a queda mais expressiva (28%) e o valor mínimo de vendas desde 2016.


Esta tendência confirmou-se nos dois trimestres seguintes, com o verão de 2023 a terminar com uma queda de quase 19% nas transações de casas no nosso país (34.256 habitações, que mobilizaram quase 7,1 mil milhões de euros, menos 12,2% em termos homólogos). Os maiores recuos na venda de casas foram registados no Algarve e na Grande Lisboa, tal como revelam os dados mais recentes do INE.


Fonte: Idealista/News


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